Após algumas tentativas anteriores, as gigantes do setor de produtos para animais de estimação, Petz e Cobasi, finalmente assinaram um memorando de entendimentos não vinculante para uma possível fusão. Essa parceria promete criar o maior negócio do ramo no Brasil.
Segundo informações divulgadas em um fato relevante nesta sexta-feira, a nova empresa resultante da fusão contará com uma rede impressionante de 483 lojas. Além disso, o faturamento bruto anual estimado é de aproximadamente R$ 6,9 bilhões, com um lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (EBITDA ajustado) de R$ 464 milhões, com base no ano de 2023.
Embora as conversas entre as empresas tenham esfriado no início deste ano, nos últimos quinze dias, as negociações ganharam novo fôlego, especialmente em relação ao valor das ações da Petz no acordo. Essa aceleração culminou na assinatura do memorando.
De acordo com os termos acordados, a operação está sendo estruturada com uma divisão igualitária de 50% para cada empresa, avaliando a ação da Petz em R$ 7,10, o que representa um valor de mercado de R$ 3,28 bilhões. Esse valor é mais que o dobro do preço de fechamento das ações da Petz no dia anterior.
Para alcançar essa divisão equitativa, os acionistas da Cobasi deverão pagar R$ 450 milhões aos acionistas da Petz, sujeitos a ajustes. Essa estruturação é uma resposta às análises de mercado que já consideravam a Petz como uma empresa ligeiramente mais valiosa que a Cobasi.
A fusão também traz consigo uma série de benefícios estratégicos, incluindo um ganho de escala junto à indústria e uma redução nas pressões competitivas, tanto em termos comerciais quanto de expansão, entre as varejistas.
No que diz respeito à divisão da empresa combinada, Sérgio Zimerman, fundador e CEO da Petz, verá sua participação reduzida de 29,7% para 14,9%. Enquanto isso, Paulo Nassar assumirá o cargo de CEO da nova companhia, e Zimerman se tornará presidente do conselho de administração.
A transação agora aguarda a análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Com esse movimento, o mercado pet no Brasil pode estar prestes a testemunhar uma mudança significativa, consolidando ainda mais o domínio dessas duas gigantes do setor.
Fonte: Valor
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